POACEAE

Deschampsia caespitosa (L.) P.Beauv.

Como citar:

Rafael Augusto Xavier Borges; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Deschampsia caespitosa (POACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

49.580,221 Km2

AOO:

52,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Espécie não endêmica do Brasil (Clayton et al., 2006), de ampla distribuição (Filgueiras, com. pess.).No Brasil ocorre na Região Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) (Longhi-Wagner, 2011).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Rafael Augusto Xavier Borges
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Critério: B2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Deschampsia caespitosa </i>apresenta uma AOO menor que 500 km² e encontra-se sujeita a cinco situações de ameaça; ocorre em áreas de banhados nos Campos de Altitude do Sul do Brasil. Nessas áreas, foram reportadas ameaças como a monocultura de pinheiros exóticos e outras práticas agrícolas, que muitas vezes geram incêndios severos. Pelo exposto, portanto, a espécie foi considerada "Em perigo" (EN).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrição em Clayton et al. (2006), onde é grafada como Deschampsia cespitosa.Nome popular: "aveia de burro" (Smith et al., 1982).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: É uma planta heliófita, higrófita seletiva, ocorrendo nos banhados dos campos de altitude, onde forma grandes e densos agrupamentos no meio da vegetação herbácea alta. É encontrada nos campos turfosos, campos úmidos, nascentes e margens rochosas de regatos, orla ou interior de floresta aberta, em solos úmidos ou brejosos (Smith et al., 1982).
Habitats: 4.6 Subtropical/Tropical Seasonally Wet/Flooded Lowland
Detalhes: Essa espécie é encontrada na Mata Atlântica (Loghi-Wagner, 2011).É uma gramínea perene, cespitosa, formando densas moitas, com colmo de comprimento de 20 a 200 cm (Clayton et al., 2006). Seu período de floração vai de outubro a janeiro (Smith et al., 1982). É uma planta heliófita, higrófita seletiva, ocorrendo nos banhados dos campos de altitude, onde forma grandes e densos agrupamentos no meio da vegetação herbácea alta. É encontrada nos campos turfosos, campos úmidos, nascentes e margens rochosas de regatos, orla ou interior de floresta aberta, em solos úmidos ou brejosos (Smith; Wasshausen; Klein, 1982). É também uma espécie terrícola (Filgueiras, com. pess.). Vários trabalhos (por exemplo, Cox; Huntington, 1980) mostram que a espécie é tolerante ao metal pesado. A espécie também é pouco apreciada por animais e pode ser usada em restauração de áreas degradadas (http://www.kew.org/plants-fungi/Deschampsia-cespitosa.htm; acesso em 10/08/2012)

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture local
​Nessas áreas, foram reportadas ameaças como a monocultura de pinheiros exóticos e outras práticas agrícolas, que muitas vezes geram incêndios severos

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Restauração Ambiental
​A espécie pode ser usada para restauração de áreas degradadas (http://www.kew.org/plants-fungi/Deschampsia-cespitosa.htm; acesso em 10/08/2012).